Medo

Por mais que eu diga que não, por mais que eu insista; ainda haverão coisas para me atordoar dia após dia.
As vezes me sinto tão vazia, que o medo me atinge como uma flecha. Uma não, várias delas. Uma após a outra, uma passa por mim, seguida de outra, e de outra, e eu nunca morro; tenho quesentir todas elas passarem por meu corpo.
As coisas nem sempre foram assim, a tendencia é apenas piorar; e, por mais que eu saiba disso, não sou capaz de mudar coisa alguma. É necessário mais de uma vida para mim, pois nem mesmo sete seriam capaz de me fazer esquecer o medo, o pavor, o rancor, o ódio e tantas outras coisas que recebi da primeira de todas as vidas.
Tudo que tenho a fazer agora é esperar, lutar por algo é apenas se matar por nada.