
A luz escura do meu quarto não define meu eu, ela não fala, não vê, não ouve, não sente. Está ali apenas para afastar a escuridão, ou quem sabe trazê-la mais pra perto.
A lua nova não aparece, mas ela sim me conhece, uma grande companheira na solidão.
Os dias, as noites, nada pode definir o certo, se o errado não existir. Nada é o que é. Tudo é relativo.
Cada um com seu ponto de vista. Assim é o mundo. Estações mudam, anos passam, mas isso nunca faz diferença. Nada que venha a acontecer não é repetido. Tudo no universo faz parte de um sistema, mesmo que não queira fazer. A rotina. O cotidiano. O dia-a-dia. A rotação e translação. Tudo é uma questão de tempo até que se repita, e se repita de novo, e outras várias vezes.
Até mesmo as palavras sábias perdem sua sabedoria entre o tempo.
E entre o vasto espaço do universo; onde o vácuo é o rei, os astros são os súditos, e nós somos as células e moléculas do grande reino; nada é definido, pois a definição se perde procurando por si mesma na imensidão do infinito.
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